domingo, 3 de julho de 2011

...Acerca do Indivíduo e da Sociedade, ou, o Porquê da Necessidade da "Revolução da Consciência"






...a Inteligência do Universo no qual vivemos, actuamos e temos o nosso Ser, é totalmente social e profundamente religiosa.

...quando um homem é simultaneamente líder espiritual e líder político empunha o ceptro do poder.

...no mundo da inter-relação, na vida social, o homem pode converter-se numa pessoa instintivamente animal ou numa pessoa genial.

...nascemos para conviver com os nossos semelhantes.

...na convivência está a redenção ou a condenação do homem.

...fora da Sociedade um homem é um ser animalizado ou um Deus. Na vida social formam-se Bestas ou Deuses.

...os líderes políticos e os líderes espirituais são os pólos negativos e positivos de uma mesma força. A questão política e a questão espiritual devem equilibrar-se mutuamente nos dois pratos da Balança Cósmica.

...os grandes Génios têm numa das mãos a Balança e na outra a Espada.

...a Lei da Sociedade é: «cada um para todos e todos para cada um».

...todos os grandes líderes políticos das poderosas Civilizações que nos precederam desde a noite profunda dos séculos também foram grandes líderes espirituais.

...as Religiões devem tornar-se Científicas e a Ciência deve tornar-se profundamente Religiosa.








...a finalidade da “Justiça” é dar a cada um o que merece e nada mais do que exactamente merece.

...precisamos de aprender a fazer Justiça.

...a Justiça é uma Faculdade que está latente no ser humano e pode e deve desenvolver-se para bem dos nossos semelhantes.

...a Justiça é a rainha das Virtudes e nasce em nós quando o “Eu da psicologia” se dissolve radicalmente.

...“faça-se Justiça ainda que se afunda o Céu e a Terra”.

...não podemos ser justos se não temos um coração misericordioso.

...a Justiça e a Misericórdia são as duas Colunas Fundamentais do Templo da Lei.







...todos nós criamos este caos social em que vivemos e entre todos devemos trabalhar para dissolvê-lo e fazer um mundo melhor.

...se queremos na verdade e muito sinceramente uma “transformação social da humanidade”, precisamos primeiro a “transformação social do indivíduo”, porque a Sociedade é uma soma de indivíduos.

...infelizmente as pessoas somente pensam no seu “eu” egoísta, daí que se queremos verdadeiramente uma mudança radical, total e definitiva desta Sociedade em que vivemos precisamos primeiro que esta “mudança” se realize dentro de nós, porque agrade-nos ou não, a Sociedade é tão só a extensão do indivíduo, e o que é o indivíduo é a Sociedade, é o Mundo.

...é urgente que cada indivíduo esteja verdadeiramente disposto a mudar individualmente para poder mudar a Sociedade, o Mundo, e que esta disposição de mudança esteja totalmente destituída de estímulos.

...jamais na vida, nunca na história dos séculos, os estímulos puderam provocar dentro de algum indivíduo uma mudança radical, total e definitiva na sua forma de ser.

...se de verdade queremos uma mudança radical dentro de nós próprios, (na pessoa social que somos) devemos deixar de lado todas essas coisas que nos parecem positivas, todos esses hábitos velhos, todos esses costumes equivocados e mergulhar na compreensão profunda do que somos e como somos.

...precisamos de ter o valor de descartar todos os incentivos, estímulos, empenhos, desejos, se é que realmente queremos descobrir isso que se chama “Verdade”.

...a “Verdade” é o “Desconhecido de momento a momento”.

...a “Verdade” não é estática; a “Verdade” é Revolução Interior Permanente; a “Verdade” é dinâmica e encontra-se escondida no fundo de cada defeito pessoal.

...temos de ter em atenção que o “Eu” da Psicologia sabota a “ordem Revolucionária”.






...exercício prático para um ordenamento básico de equilíbrio pessoal


- interessar-se por ter um melhor conhecimento do que se é como pessoa humana, tendo presente que cada um é como pensa e sente; por conseguinte podemos melhorar-nos empregando a nossa força de vontade para melhorar a qualidade dos pensamentos e sentimentos.

2º - procurar aumentar progressivamente a auto-confiança nas nossas possibilidades de bem-estar e de fazer face às dificuldades que a vida nos apresenta.

3º - ter presente que cada um de nós como ente humano sensível apresenta um cariz psicológico dualista:

a) temos um lado que nos dá alegria, paz, tranquilidade, harmonia e bem-estar.

b) temos outro lado que desestabiliza esse potencial de elevação superior e nos faz mergulhar no seu oposto, ou seja traz-nos desassossego, mal-estar interior e social, problemas, conflitos e leva-nos a situações de precisar de assistência médica, seja de ordem corporal ou psicológica.

4º - assim torna-se urgente saber como lidar inteligentemente com esta dualidade em termos de harmonia superior e não resvalar para situações de fuga seja de ordem psicológica ou social.

5º - por conseguinte um dos primeiros grandes passos para obter “equilíbrio psicológico” é procurar não nos identificarmos tanto com esse lado prenhe de emoções opressivas e perturbadoras. Isso é conseguido aprendendo pouco a pouco a desvalorizar, (não dar tanta importância) a tal qualidade de sentimentos e fazer um esforço de vontade, em pensar no que de melhor somos.

6º - pensar também que tudo é passageiro e que as dificuldades que estamos a sofrer são também de ordem passageira. Ter presente ou pensar que o melhor que somos, (o que de Eterno É em nós) está muito para além das vicissitudes, adversidades e mal-estar que nesses momentos estamos a viver como pessoa humana.

7º - praticar sistematicamente, (mesmo por breves momentos) sempre que estejamos em estados opressivos, conflito mental; este simples exercício de atenção ao ritmo respiratório, procurando sentir o movimento da vida na inalação e exalação:

a) procurar uma posição cómoda.

b) inalar lenta e profundamente, contando mentalmente até “doze”.

c) reter a respiração, contando mentalmente até “seis”; (pode alongar-se até “doze”).

d) exalar contando novamente mentalmente até “doze”; ao mesmo tempo que se relaxa da tensão muscular, soltando-nos e deixando o corpo livre de toda a moléstia.

e) repetir o exercício quantas vezes quisermos ou acharmos necessário para obter a tranquilidade psíquica e relaxamento corporal.

8) na prática de uma maior interiorização, pôr uma “atenção plena”, (sem identificação) a todos os valores negativos e positivos que se atravessarem no ecrã mental raciocinativo de modo a extraír conscientemente o melhor.




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