segunda-feira, 6 de junho de 2011

...Para uma compreensão Revolucionária do "SER" e do "EU" e o sistema prático de Concentração Interna.






...em matéria de Psicologia devemos fazer a distinção entre o “Eu” e o “Ser”. 
...o “Eu” não é o “Ser”; nem o “Ser” é o “Eu”. 
...“Ser” é aquela parte de nós para a qual não existe descrição, nem palavras, nem nomes, nem sensações, nem conhecimento. 
...o “Ser” é o “Ser”, e a razão de ser do “Ser” é o próprio “ser”.

...o “Ser” é Puro; o “Eu” é uma horrível larva. O “Ser” é transparente como o Cristal; o “Eu” é monstruoso como Satã. O “Ser” não se ofende por nada; o “Eu” ofende-se por tudo; o “Ser” é indiferente ante o prazer ou a dor, ante o louvor ou o vitupério, ante o triunfo ou a derrota. O “Eu” ofende-se por tudo o que lhe acontece, sofre, chora, goza e busca prazeres.
...o “Eu” sempre busca segurança. O “Ser” nunca tem medo e por isso não busca qualquer segurança. O “Eu” tem medo da vida, medo da morte, medo da fome, medo da miséria.
...o “Ser” está para além do agradável e do que é desagradável; do prazer, da dor, do intelecto e do racionalismo.

...o “Eu” torna-se intelectual e sofre pelos seus apegos e temores, pelos seus múltiplos ciúmes e paixões, pelos seus egoísmos e pelos seus ódios. O “Eu” fala de honras, procura satisfações, está sujeito ao agradável e ao desagradável, o “Eu” goza exibindo poderes. Toda a imperfeição que nos caracteriza pertence ao “Eu”.
... “Eu” é a larva do umbral.

...o “Ser”nasce em nós quando decapitamos o “Eu”.
...o “Ser” é a Coroa da Vida; a Coroa da Vida é a Coroa Resplandecente do “Ser”.
...o “Ser” está mais além dos desejos, mais além dos apegos, mais além das apetências e temores, mais além da morte e do intelecto, mais além da vontade humana, mais além da inteligência.

o “Ser” é a “Árvore da Vida”.




...todos os seres humanos têm dois lados, duas entidades separadas, dois complementos, que começam a funcionar desde o momento en que nascemos: um dos lados pertence então ao que podemos designar por, Espírito Universal de Vida; o “Ser”; a “Consciência do Ser”; a “Felicidade do Ser”, o que pertence ao Reino da Vibração Abstracta; a Verdadeira Consciência no corpo humano que toma expressão intuitiva através da Mente Interior. O outro lado pertence ao que designamos por Mundo Fenoménico, o Reino do Sensível; Material; a “Pessoa Social, a Personalidade, o Ego, o Guardião do Umbral"; tudo que é possível descrever para o Entendimento Humano.

...no momento em que nascemos e durante os primeiros tempos da infância, todos somos parte da “Consciência do Ser” (Auto-Consciência infantil), mas depois sentimos que a fim de funcionar no mundo sensível, precisamos de um complemento ao que temos; falta a capacidade lógica de uma descrição e isso dá-nos a sensação de uma deficiência. E a partir daí o lado descritível do mundo começa a desenvolver-se e a tornar-se muito importante para actuarmos na vida, e tão importante que ofusca o brilho da “Consciência do Ser”.

...a partir do momento em que essa “Verdadeira Consciência” fica totalmente ofuscada, somos todo ente sensível; inicia-se a “falsa consciência” e não fazemos outra coisa senão incrementar aquele antigo sentimento de deficiência que nos acompanha desde o momento do nosso nascimento e que nos diz incessantemente que há outra parte para nos completarmos; mas desde que nos tornamos todo ente sensível, começa a funcionar a falsa consciência, e começamos a fazer “pares”.
Sentimos os nossos dois lados, mas sempre os representamos como elementos do ente sensível que somos, com o que é perceptível para o Entendimento da Mente Concreta. Dizemos que essas duas partes são a Alma e o Corpo, ou o Bem e o Mal, o Espírito e a Matéria; Deus e Satanás; sem compreendermos que apenas estamos a juntar elementos do mesmo fenómeno. Este fenómeno também se passa na intimidade da nossa psicologia quando queremos introverter-nos, é a “falácia do Ego; o “Eu” dividindo-se em Superior e Inferior.


...como entes sensíveis operando no mundo fenoménico e face à dificuldade de uma legítima “Auto-expressão”, para obter equilíbrio, surge a consciência do “Mim Próprio”, do “Eu humano” que logo se obriga a obedecer às suas próprias opiniões. Porém em certas circunstâncias, ou circunstâncias especiais, algo na própria pessoa sensível toma Consciência de que há mais alguma coisa em nós (a “Verdadeira Consciência”). É como se fosse uma voz que vem das profundezas de nós próprios (é a Voz do Juiz Íntimo, o Kaom Interior). 
Nesses momentos especiais pode-se supor e avaliar o que se é realmente, onde se toma consciência da Totalidade do Ser.



...EXERCÍCIO PRÁTICO:

...na prática da Concentração Interna devemos buscar uma posição cómoda e logo retirar da Mente toda a classe de pensamentos terrenos. Estes pensamentos devem cair mortos ante a porta do Templo.
Antes de nos concentrar devemos pôr a mente serena, não pensar em nada.

...após estes requisitos se começará a prática de “concentração interna”.
- Afastar a Mente das coisas do mundo físico e dirigi-la para dentro, para o “Íntimo”.
- Recordar que os corpos são o Templo do “Altíssimo”; que o “Altíssimo” mora em nós.
- O “Altíssimo” dentro de nós é o “Íntimo”.

...temos de amar o “Íntimo”. Temos que adorar o “Íntimo”. Temos que prestar culto ao “Íntimo”. Temos que meditar no “Íntimo” profundamente.
...precisamos de abandonar o racionalismo e o intelecto para conseguir a união com isso que é o Divinal.
...o intelecto não pode conhecer o “Eterno”. ”Isso que É o ”Incognoscível” só a si mesmo se conhece.
...precisamos de ter Mente de Criança para conseguir a união com o Divinal.
...precisamos de ser crianças na Mente e no Coração.







Nota: investigação de obras dos autores: Samael A. W. e C. A. Cast. – imagens exclusivas.