domingo, 28 de agosto de 2011

...Caminhando para uma "Psicologia do 'Despertar' "





é sumamente urgente abrir-se ao “Despertar”.

o “Despertar” exige praticidade e silêncio.

para nos abrirmos ao “Despertar” é preciso ir reduzindo de forma crescente e com profunda intensidade o aspecto psicológico do “mais”.

a atitude no “Despertar” não é um estado a atingir, mas sim um estado a praticar de momento a momento e isso exige a “não-identificação”.

a “não-identificação” é a capacidade de fazer a separação entre Ego, (Intelecto) e Consciência no instante que está a suceder e isto é um acto de observação interior.

o “Despertar” está em íntima concordância com a nossa “Capacidade de Assombro”.

o processo de transformação do homem pode sintetizar-se numa dupla vertente:
- Como nos relacionamos com o outro?
- Como vivemos o momento?
Estes dois aspectos fundem-se numa só coisa: “estar consciente”; (Desperto).

no Despertar o que conta são as emoções, (impressões) neutras.

o que nos deve motivar a uma legítima transformação deve ser a “generosidade”, quer dizer, tal motivação não deve estar focada em nós próprios, mas sim no outro.








o mundo é conduzido pela Dialéctica de dois Princípios: Política e Religião, (Ideologia). Quando predomina o Princípio Político, são os Princípios Religiosos, (Ideológicos) que ocultamente comandam.
Quando predomina o Princípio Religioso, (Ideológico), são os Princípios Políticos que ocultamente determinam a condução do Mundo.
Em ambos os casos, tais “Princípios” podem ou não estar subvertidos.

as 3 escalas do saber do homem: 
- a percepção sensorial ou material da vida.
- a percepção simbólica da vida; (o mundo imaginativo da Natureza). 
- a percepção desconhecida de si mesmo; (o espaço vazio).

olhar o supra-naturalismo através de uma psique subjectiva trás terríveis equívocos.

em qualquer acto da nossa vida está sempre presente a luta antitética das forças da Natureza.

é um erro pretender que o mundo nos dê o que queremos; a vida deve fluir em nós, sem qualquer choque de interesses.

o problema da nossa vida está na carga da nossa própria subconsciência.

o que verdadeiramente importa é o acto de observar os estados de condicionamento.

a vida é uma contínua aprendizagem e um contínuo desafio.
Nesse desafio está a imperfeição do outro.

a dependência psicológica é uma terrível debilidade, assim como o medo e a busca de segurança.

o medo e a busca de segurança têm convertido o mundo num espantoso inferno.

a abertura psicológica ao “outro” é somente para ouvi-lo e dar-lhe o que precisa.

a dúvida e a crença são duas faces ilusórias de uma mesma coisa.

só é verdadeira a “fé” daquilo que interiormente é vivido conscientemente.

é sumamente urgente praticar a “inversão do Eu e do Outro”.

se não há respeito por si próprio, tampouco existirá respeito pelo outro.

a imperfeição do outro é uma oportunidade com a qual somos brindados para a nossa própria auto-descoberta.

a mudança psicológica deve fazer-se não por questão mística, mas sim por questão social.









a vivência subjectiva das verdades cósmicas somente trás catástrofes.

de um modo geral as massas projectam no outro ânsias ocultas de perfeição, e quando o outro não responde a tais ânsias, procuram destruí-lo.
Mas também sucede que quando o outro expõe com clareza o protótipo de perfeição, a frustração oculta das massas também leva à destruição do outro.

a “amizade” é um valor cósmico.
Na vida o que importa não é o ser amigo, (o que hoje é amigo, amanhã pode não o ser), mas sim a prática da “amizade”; (ser a própria “amizade”).

temos de levar em consideração que o sonho projecta-se para o futuro pelo beco do presente tendo o passado como causa.

materialismo e espiritualismo são os dois eixos da roda do sonho.

só podemos estar acima, cumprindo com as leis de Cima.
Querer estar acima com as leis de Baixo é um rotundo fracasso.

socialmente a aceitação do termo médio é caminho aberto para a decadência. Na psicologia individual a “Via do Meio”, é caminho para a “Libertação Final”.

a moral social produz a morte do que é Divino.

a Religião” deve ser aquilo que o próprio descobre sem si mesmo face ao Movimento da Vida Impessoal e Universal.

na psicologia comum bidimensional, (a psicologia dos opostos) a atenção está focalizada nos acontecimentos.
Para despertar para uma psicologia a três dimensões, (psicologia sem contradição) a atenção está focalizada nos movimentos ou impulsos íntimos, numa lúcida percepção das entidades ou energias vivas cristalizadas que escapam ou querem escapar pelo nosso espaço subjectivo, (a percepção de uma não-integridade).

a psicologia bidimensional e contraditória tem o seu foco gravitacional na parte exterior de nós próprios.
A psicologia a três dimensões e com integridade tem o seu centro de gravidade na profunda ”Interioriadade” que somos.

no acto existencial criativo do indivíduo está sempre presente o “princípio da Tolerância” para com o outro.

só amando muito podemos mudar, e muito amando podemos salvar o mundo, (que é o outro).

tudo se dá por afinidade simpática, por magnetismo; ao darmos “generosidade”, permitimos que brilhe no outro a “generosidade”.








há um mistério de “fora” e um mistério de “dentro”. Para nos abrimos ao mistério de “fora” é preciso compreender o mistério de “dentro”.

símbolos, símbolos e símbolos, palavras, palavras e palavras! Como tudo se torna vão, néscio e passageiro.

o mundo dos símbolos é a própria Natureza.
O mundo dos símbolos está cheio de trevas.
A Luz veio ás trevas, porém as trevas não a compreenderam! Oremos profundamente.

...o simbolismo só é importante pela verdade que oculta.
Essa verdade é a nossa própria Consciência.

o Amor em si mesmo, é uma poderosíssima Força Omnipotente que mantém os Mundos ao redor dos seus centros de gravitação cósmica.

na vida, o ser humano, cresce cheio de esperança, vive cheio de ilusões e vem a morrer cheio de frustrações; até que…!

os acontecimentos reflectem movimentos de energia dentro de nós; daí podermos estudar o nosso condicionamento.

a actividade do pensamento pode originar uma aparente sensação de liberdade, porém mais abaixo, no espaço psicológico, produz uma muralha de bloqueio no livre fluir da energia.

no mundo sempre apareceram duas formas de ordem na conduta social:
- a ordem revolucionária.
- a ordem burocrática, (formal ou institucional).
A legitimidade sempre está na ordem revolucionária.
A ordem burocrática avança quando se ausenta a ordem revolucionária.
Onde existe ordem evolucionária jamais pode entrar a ordem burocrática.

são muitos os que experimentam o sabor da riqueza, muitos mais os que experimentam o sabor da pobreza, mas são bem poucos os que experimentam o sabor do Amor e da Sabedoria

o movimento da vida deve fluir em nós próprios ante um estado de “alerta- percepção¸alerta-novidade”.

por detrás da manifestação da vida está a morte. Por detrás da manifestação da morte está a Vida Eterna.

a Sabedoria pertence à Estrelas e a Magia é fazer com que toque este Mundo da vida quotidiana.

na experiência do Abstracto não há medo e somos apenas energia luminosa em movimento livre.





sábado, 20 de agosto de 2011

...Da Philokalia Solar de Grandes Adeptos... Em Direcção aos Espaços Interiores





…sobre os caminhos do Coração!

…Numa vida de “aprendizagem” é possível que se passe por vários caminhos e até por vezes dolorosos.
O sofrimento pode ser evitado segundo o modo de se agarrar as coisas, ou seja, sem ansiedade ou compulsão.
Tudo é um entre um milhão de caminhos, «um caminho entre quantidades de caminhos», mas para se saber verdadeiramente que isso é assim, que um caminho nada mais é que um caminho, em que achamos que devemos ou não estar nele, é preciso levar uma vida disciplinada.
Só então se saberá que qualquer caminho não passa de um caminho e não há afronta, nem para o próprio, nem para os outros, se é que o largamos, caso seja o que o coração nos manda fazer.
Mas essa decisão de se continuar com esse caminho ou de largá-lo deve ser isenta de medo e de ambição.
Temos de olhar para cada caminho e com propósito, experimentando-o quantas vezes necessárias.
Depois temos de nos perguntar somente a nós próprios uma coisa: “esse caminho tem coração”?
Todos os caminhos são os mesmos, não conduzem a lugar algum.
Há caminhos que podem ser muito compridos, mas não se estará em lugar algum.
Contudo a questão essencial é: “o caminho tem coração”? Se tiver é bom; se não tiver, não presta. Ambos os caminhos não conduzem a parte alguma, mas um tem coração, o outro não.
Um torna a vida alegre enquanto se seguir nele, sendo uno com ele, o outro fará que maldigamos a vida.
Um torna-nos fortes, o outro enfraquece-nos.
Há múltiplos caminhos que surgem para os segredos de uma “pessoa de conhecimento”. A armadilha é fazer-nos crer que o caminho escolhido é o único.
É inútil desperdiçar a vida num caminho, especialmente se esse caminho não tiver coração. 
O importante é existir, percorrendo os caminhos que têm coração e ali viajar em que o único desafio que vale a pena, é percorrer toda a sua extensão, viajando, olhando e olhando…
…os inúmeros caminhos que se atravessa na vida são todos iguais; os opressores e os oprimidos encontram-se no fim e a única coisa que prevalece é que a vida foi muito curta para ambos.
…é a escolha constante do caminho com coração que torna o Caminhante da Senda do Conhecimento diferente das pessoas comuns.
Ele sabe que um caminho tem coração quando é uno com ele, quando sente muita paz e alegria percorrendo a sua extensão.
As coisas que ele escolhe para fazer como os seus escudos (os escudos são os modos como vive a sua vida no mundo), são os itens do caminho do coração.
(da Sabedoria Nahual - C. Cast.)




…àquele que pede dar-se-lhe-á o que pede;
aquele que busca, encontrará o que procura;
e aquele que chama ás portas da sua Realidade interior;
elas serão abertas pela sua Divina Mãe Cósmica.

…não julgueis para não serdes julgados.
 Tudo quanto vos é dado ver por fora é unicamente o reflexo do que se aninha no vosso coração e o Mundo e os homens são o que vós sois.

…caminha-se gradualmente, indo de vigília em vigília, orando sempre no segredo de um coração ardente.
Porque este gradual “Despertar” precede a morte do efémero, sem a qual não há “Vida Eterna” possível.
 Sem esta “Morte”, não há “Amor”, nem “Regeneração”.
(Jesus o Cristo)




…se fazes Desperto o que hás-de fazer hoje, muitas coisas farás, que não queres fazer; muitas coisas também deixarás de fazer, por muito que as queiras fazer.
E não terás que esperar por nenhum amanhã.
Porque o Tempo, “É”.
O Amor também, “É”.
Se isto é entendido, então também se poderá “Ser”.

…tanto o “Amor” como o “Tempo” são impossíveis de apreender com a razão.

…O “Amor” nasce do seio da “Grande Realidade”, que criou o “Tempo”, para poder  permanecer o que é “Eterno”, e o “Amor” é o seu meio e dá Vida no Tempo.

…Só quem tem o “Alto Destino” nas suas mãos, pode explicá-lo a quem faça o esforço de entender.

…há quem tenha as chaves da verdadeira Ciência e os seus Conhecimentos são exactos e precisos.
A única dificuldade estriba em que a esta Ciência e a estes Conhecimentos ninguém chega por casualidade.
Deve-se buscá-los com afã e preparar-se a si próprio durante muito tempo.
Podemos pôr-nos em contacto com estes Homens; podemos tomar contacto através das suas Ideias e sobretudo mediante o esforço que façamos por compreendê-las.
 O esforço sincero é o que vale.

…o Despertar ou “Vigília Consciente” é algo difícil, mas não impossível.
É um contínuo esforço, um permanente andar ás cegas durante muito tempo, até conseguirmos compreender as nossas falácias.
 Porém chega o “grande momento” a quem mantém vivo o esforço.
Então se adverte as possibilidades latentes no homem.
É algo que cada um sabe por si mesmo, não precisa que ninguém lho diga ou interprete.
Descobrem-se no corpo distintas classes de vida, distintos níveis.
Então já não se anda ás cegas.
 Sabe-se para onde se vai e sabe-se o porquê de tudo quanto se faz.

…ainda que esteja no estado de “sonho”, o homem tem certo poder de escolha, muito limitado por certo, porém tem-no.                                                                                                                 De todos os modos, quando o exercita, este poder aumenta.
Assim que o homem “adormecido” pode escolher entre “Despertar”, e continuar “adormecido”.

… não sabemos quem somos verdadeiramente; nem o que é que verdadeiramente somos; que inclinações são as que realmente nos animam.
Poucos são os que se convencem disto.

…a ignorância acerca de nós próprios (sobre a nossa própria psicologia), faz com que vejamos sempre a Verdade distorcida; que não fique sombra d’Ela.

…normalmente pensa-se que com o fazer o bem já se conseguiu o que unicamente se pode conseguir trabalhando intencionalmente, indo contra a corrente em si próprio.

…a Verdade é sempre amarga para o adormecido, porque o retira da sua mornice.

…o que se costuma chamar de Subconsciente, não são senão funções correlativas que podem operar harmoniosamente com a Mente, com o pensamento.

…é urgente ter em consideração que se compreenda que dependemos dos outros e que os outros dependem de nós; compreendendo que não dependemos apenas de nós próprios; compreendendo isto, também se compreenderá tudo o resto a seu devido tempo.

…entender a realidade da vida através dos sentimentos, das emoções, (não confundir com sentimentalismo); entender a expressão emocional e religiosa dos Povos e associar correctamente esse entendimento emocional com a compreensão intelectual, leva-nos a compreender o verdadeiro destino de nós próprio e das nações.
Compreender o Eterno Princípio que anima todas as formas, sem desagregar ou dividir é uma tarefa para cada indivíduo.
(O Vôo da Serpente Emplumada)





…devemos compreender que se torna necessário a “transformação”, como também que levá-la à prática é “triunfar”; é ter passado pelo conhecimento de como fazê-la.

…viver exclusivamente no nível superficial da existência sem levar em conta os distintos lugares e regiões mais profundas da “Mente, significa de facto, atrair sobre nós próprios e sobre os nossos filhos, a miséria, o pranto e o desespero.

…a “Mente” engarrafada no conhecido, jamais poderá experimentar o “Desconhecido; o “Real”; o “Verdadeiro”.

 …só rompendo o invólucro do “Tempo”, mediante a correcta “Meditação” podemos experimentar o “Eterno”, o “Intemporal”, o “Real”.

…a “senda do lar doméstico” é um ginásio para a “vontade”.

…o decorrer da existência é de duração demasiado escassa para a deixarmos prosseguir na sua pequenez.

…a máquina universal da relatividade fundamenta-se na Lei de Causação Cósmica.

…o “mundo da relatividade” é o mundo das combinações e da dualidade.

…o caminho que conduz à “Grande Realidade” é absolutamente sexual.

…mediante a energia criadora sexual (de Shiva, o Espírito Santo), é possível realmente converter o corpo físico no “templo da Verdade”.

…o Sexo é o “caminho esotérico real” que conduz à “Libertação Final”.

…o “mistério magnum do sexo” é extraordinariamente divino.

…crer que se merece tudo é um absurdo; nada merecemos.

…aqueles que descobrem “o Caminho da Correcta Acção”, chegarão ao seio da “Grande Realidade”.

…a “Compreensão” é a “Auto – reflexão Evidente do Ser”.

…o correcto esforço é em si mesmo, o objectivo fundamental do “Ser”.

…o “Ser” não tem parentesco. O “Ser” é cósmico.

…as Almas das pessoas residem num nível superior de Ser.

…a Alma é todo esse conjunto de “forças”, “poderes”, “virtudes”, “essências”, que cristalizam em nós quando o ego animal é dissolvido.

…depois da dura jornada de trabalho entreguemo-nos à meditação interior.
Precisamos de compreender muito a fundo cada problema, cada recordação, cada defeito pessoal.
Durante a meditação vão passando pela Mente em sinistro desfile todas as nossa preocupações, desejos, amarguras, etc.
É urgente analisar cada uma destas coisas da Mente e extrair delas o que é útil, depois termina o trágico desfile e a Mente em forma muito espontânea e natural fica profundamente quieta e em silêncio.
Somente silenciosa, serena e quieta pode a Mente experimentar esse “Elemento que transforma radicalmente” e que muitos chamam Deus.
A Mente agitada e torpe, a Mente que busca, que borboleteia de escola em escola, de grupo em grupo, jamais pode experimentar isso que se chama “Verdade”.
Precisamos de transformar-nos radicalmente e só a “Verdade” o pode fazer.
A “Verdade” ou como se a queira chamar é uma série de vivências sempre expansivas e cada vez mais significativas.
(Samael Aun Weor)





…eis - me aqui, oh meu “segredo”! Oh minha “confidencia!
 …eis - me aqui! Eis – me aqui! Oh meu “fim”! Oh meu “sentido”!
…chamo – te…não; és Tu que me chamas para Ti!
…como Te haveria falado, se Tu não me houvesses falado a mim?
…oh “Essência” da essência da minha existência! Oh Termino do meu desígnio .
…Tu que me fazes falar!
…oh Tu, minhas “enunciações”! Tu, meus “pestanejares”!
…oh “Todo” do meu todo! Oh meu ouvido! Oh minha vista!
…oh minha “Totalidade”, minhas partes, minha integração!
…oh “Todo” do meu todo! “Todo” de toda a coisa! Enigma, equívoco; obscureço o todo do Teu “Todo” ao querer expressar - Te!
…oh Tu, de quem o meu espírito estava já suspenso ao morrer de êxtase!
…ah, continua sua prenda, minha desdita!
…oh Supremo Objectivo” que eu solicito e espero!
…oh meu “Hóspede”!
…oh alimento” do meu espírito!
…oh minha vida neste mundo e no outro!
…seja o meu coração o Teu resgate!
…oh meu ouvido! Oh minha vista! Porquê tanta demora, no meu retiro tão longe!
…ah! Ainda que para os meus olhos, Te escondas no Invisível, o meu coração já Te contempla, desde este meu afastamento.
Sim! Deste meu exílio!
(Al Allah)